domingo, 11 de novembro de 2007

Finalmente!

Eis que a primeira Flambada! Semanal chega! Ignorando toda a demora, mando para a frigideira, sem nenhum escrúpulo, nada mais nada menos que... a Copa do Mundo de 2014!
Os viciados em futebol que me perdoem, mas esta é a maior piada do governo Lula até o presente momento. Estou certa de que nunca antes na história deste país gastaremos tanto dinheiro em tamanha bobagem. Aliás, retiro o que disse: Brasília foi o maior desperdício. Enfim, o que leva um presidente que diz não ter dinheiro para pagar as todas as contas da casa no final do ano (aaah, então CPMF é pra isso, tia Laura?) a resolver que em 2014 teremos bufunfa o suficiente pra arrumar mais de 10 estádios, melhorar toda a infra-estrutura esportiva deste buraco E solucionar problemas de segurança? E não venham me dizer que vai ter muito dinheiro da iniciativa privada, porque no Pan era o mesmo, e oi? Cadê o dinheiro?
E afinal de contas, quem vai segurar o pepino seremos nós, pobres cidadãos que pagamos religiosamente nossos impostos com o nosso rico e poupado dinheirinho, que só aumentam. Os impostos, não o dinheirinho. Certamente o presidente de 2014 dirá: "Teremos que aumentar os impostos para pagar por isso, a culpa não é nossa que o louco do Lulinha Paz e Amor prometeu pra vocês a copa do futuro!"
Ainda aposto que vamos perder o mundial do Brasil. Que nem em 1950. Ô, país beleza.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sobe?

Saguão do prédio, esperando o elevador.
Chegou mais alguém. Bah, é o cara estranho do 902. Ah, não, ele vai puxar conversa. Talvez se eu olhar pra baixo ele desiste. Se eu lixar as unhas, quem sabe. Não, lixar as unhas seria falta de educação.
-Boa tarde.
-Boa tarde.
Olhar fixo pro chão. Se ele falar, eu digo o quê? Por favor, não fale. O elevador não chega. São três da tarde, o elevador não pode estar tão ocupado. 9, 8, 7... Que droga, eu tô no térreo. 4, 3, 2...
Ah, finalmente.
-Você primeiro.
-Obrigada.
-Quente, né?
Droga. Droga. Odeio conversas de elevador. "Papo estrela", como diz meu pai. Nunca soube por quê. Acho que é porque só serve pra enfeitar.
-É... Parece que o verão chegou mesmo.
-Realmente... Eaí, se preparando pro vestibular?
-Não, não. Só ano que vem.
2, 3... Droga, eu moro no 6. Que estranho, o cabelo dele tá castanho. Ele tinha cabelo grisalho. Coisa de velho rico, tipo Sílvio Santos, eu acho. Ouvi dizer que ele pinta o cabelo de Acajú. Nunca tinha pensado que Acajú pudesse ser considerado uma cor. Não tem uma cidade que chama Acajú?
-E o pai, como tá?
Acajú...
-Oi?
-O pai? Como tá?
-Aaah, sim, tá bem, bem, sim.
6. Ufa.
-Tchau, até mais!
-Até mais!
Aracaju. Esse é o nome da cidade.